São as três grandes práticas quaresmais ou meios da penitência cristã (ver MT 6,1-6.16-18).
Acima de tudo, está a vida de oração, condição indispensável para o encontro com Deus. Na oração, o cristão ingressa no diálogo íntimo com o Senhor, deixa que a graça entre em seu coração e, a semelhança de Santa Maria, abre-se à oração do Espírito cooperando a ela com sua resposta livre e generosa (ver Lc 1,38).
- A mortificação e a renúncia, nas circunstâncias ordinárias de nossa vida, também constituem um meio concreto para viver o espírito da Quaresma. Não se trata tanto de criar ocasiões extraordinárias, mas sim mas bem oferecer aquelas circunstâncias cotidianas que nos são molestas; de aceitar com humildade, gozo e alegria, os distintos contratempos que nos apresenta o ritmo da vida diária, fazendo ocasião deles para nos unir à cruz do Senhor. Da mesma maneira, o renunciar a certas coisas legítimas ajuda a viver o desapego e o desprendimento. Inclusive o fruto dessas renúncias e desprendimentos o podemos traduzir em alguma esmola para os pobres.
- A caridade. Entre as distintas práticas quaresmais que nos propõe a Igreja, a vivência da caridade ocupa um lugar especial. Assim nos lembra São Leão Magno: 'estes dias quaresmais nos convidam de maneira premente ao exercício da caridade; se desejamos chegar à Páscoa santificados em nosso ser, devemos pôr um interesse especialíssimo na aquisição desta virtude, que contém em si às demais e cobre multidão de pecados'. Esta vivência da caridade devemos viver a de maneira especial com aquele a quem temos mais perto, no ambiente concreto no que nos movemos. Desta maneira, vamos construindo no outro 'o bem mais precioso e efetivo, que é o da coerência com a própria vocação cristã' (João Paulo II).
- A oração, a mortificação e a caridade, ajudam-nos a viver a conversão pascal: do fechamento do egoísmo (pecado), estas três práticas da quaresma nos ajuda a viver a dinâmica da abertura a Deus, a nós mesmos e a outros.