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domingo, 24 de maio de 2015

Os sete dons do Espírito Santo

Estes dons são graças de Deus e, só com nosso esforço, não podemos fazer com que cresçam e se desenvolvam. Necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro da virtude e perfeição cristã. 


No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o Pai e o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria Santíssima, trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos à Maria, esposa do Espírito Santo, que interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os divinos dons, apesar de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus quem nos recomenda: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt VII, 7s). 

1. Fortaleza - Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão. Lembremo-nos que foi com muita coragem, com muito heroísmo, que os santos desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do mundo. Destes, muitos testemunharam a fé com o sacrifício da própria vida. O Espírito Santo lhes imprimiu o dom da Fortaleza e só isto explica a serenidade com que encontraram a morte! Que luta gloriosa não sustentaram! Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja glória participam. Também nós, havemos de combater diariamente para alcançar a coroa eterna. Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração constantemente dirigem-se para o mal. Resistir a tudo isto requer em primeiro lugar muita oração, força de vontade e combate resoluto. Por esta virtude, a alma se fortalece para praticar toda a classe de atos heróicos, com invencível confiança em superar os maiores perigos e dificuldades com que nos deparamos diariamente. Nos ajuda a não cair nas tentações e ciladas do demônio. 

2. Sabedoria - O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, como os demais, não é um dom que brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra. Nos permite entender, experimentar e saborear as coisas divinas, para poder julgá-las retamente. 

3. Ciência - Nos torna capazes de aperfeiçoar a inteligência, onde as verdades reveladas e as ciências humanas perdem a sua inerente complexibilidade. Nossas habilidades com as coisas acentuam-se progressivamente em determinadas áreas, conforme nossas inclinações culturais e científicas, sempre segundo os desígnios divinos, mesmo que não nos apercebamos disso. Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens. 

4. Conselho - Permite à alma o reto discernimento e santas atitudes em determinadas circunstâncias. Nos ajuda a sermos bons conselheiros, guiando o irmão pelo caminho do bem. Hoje, mais do que nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo. 

5. Entendimento - Torna nossa inteligência capaz de entender intuitivamente as verdades reveladas e naturais, de acordo com o fim sobrenatural que possuem. A aparente correlação não significa que quem possui a sabedoria, já traga consigo o entendimento por conseqüência (ou vice-versa). Existe uma clara distinção entre um e o outro. Para exemplificar: Há fiéis que entendem as contemplações do terço, mas o rezam por obrigação ou mecanicamente (Possuem o dom do entendimento). Há outros que, por sua simplicidade, nunca procuraram entender o seu significado, mas praticam sua reza com sabor, devoção e piedade, ignorando seu vasto sentido (possuem o dom da Sabedoria). Este exemplo, logicamente, se aplica às ciências naturais e divinas, logo ao nosso dia-a-dia. Não sendo um conseqüencia do outro, são distintamente preciosos e complementam-se mutuamente, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência e sensível percepção das coisas terrenas, que devem estar sempre direcionadas às coisas celestes. 

6. Piedade - É uma graça de Deus na alma que proporciona salutares frutos de oração e práticas de piedade ensinadas pela Santa Igreja. Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárneo de pessoas que tem outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento das escrituras. 

7. Temor de Deus - Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este respeito dizia: "A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas todas as coisas?". Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador. Por este divino dom, torna-se Deus a pessoa mais importante em nossa vida, onde a alma docemente afasta-se do erro pelo temor em ofendê-Lo com nossos pecados.



Fonte: Catequisar





sexta-feira, 22 de maio de 2015

SANTA RITA DE CÁSSIA - 22 de maio



Santa Rita de Cássia



Aquela que no futuro seria conhecida como a advogada dos desesperados nasceu em 1381 no vilarejo de Roccaporena, na região de Cascia, na Úmbria (centro da Itália). Seus pais – Antonio Mancini e Amata Ferri – formavam um casal exemplar, e gozavam de fama de reconciliadores pela habilidade que tinham em desfazer inimizades e pôr fim a disputas, sendo por isso apelidados de “pacificadores de Cristo”. Formavam eles um casal adiantado em anos, porém suas preces foram ouvidas e uma menina veio ao mundo. Com quatro dias de nascida, na pia batismal da igreja de Santa Maria em Cascia recebeu ela o nome Margherita, que depois foi carinhosamente reduzido para apenas “Rita”.

Infância e adolescência de Rita

Já na infância Rita se destacava em casa pela inclinação à piedade e à união com Deus pela oração, e assim seus pais adequaram um pequeno cômodo da casa montando ali um oratório, onde ela passava agradáveis momentos em oração. Apesar de analfabetos, Amata e Antonio procuravam transmitir à menina os edificantes conhecimentos da vida de Jesus, da Virgem Maria, e dos santos populares, e assim Rita cresceu dócil, respeitosa e obediente para com seus idosos pais. Aos oito anos inclinou-se a consagrar sua virgindade a Jesus, esposo das virgens, mas segundo os costumes da época resignou-se à vontade de seus pais, e ao fim da adolescência casou-se com o jovem Paulo Fernando, fonte de muitos sofrimentos durante a vida matrimonial.

A família, igreja doméstica: sofrimentos e provações

Seu esposo, descrito como um indivíduo pervertido e impulsivo, de caráter feroz e sem temor a Deus, não admitia opiniões diferentes da sua. Muitas vezes injuriava a esposa sem motivos, mas ela nunca respondia com ressentimento ou queixas. Rita lhe era obediente, pedindo-lhe permissão até mesmo para ir à igreja, e com o passar dos anos a docilidade e a benquerença da esposa transformaram o feroz leão em manso cordeiro: passou a ser respeitoso com a esposa, dando bom exemplo aos dois filhos, João Tiago e Paulo Maria, que lamentavelmente herdaram o temperamento paterno.

O matrimônio durou dezoito anos, até o momento em que Paulo Fernando foi brutalmente assassinado por inimigos que cultivou nos tempos de violência. Sepultado, foi agraciado com muitas orações e penitências de Rita em sufrágio de sua alma, tendo a santa viúva feito um corajoso ato heróico: perdoou os assassinos.

Pefere que os filhos morram antes que cometam pecado

Mais um sofrimento se abateu sobre Rita: refeita da dor causada pela morte de seu esposo, e tendo dirigido toda a dedicação à formação dos dois filhos, percebeu ela que ambos estavam inclinados a vingar a morte do pai. Tomou então uma resolução difícil porém firme: pediu que Jesus levasse seus filhos antes de cometerem esse pecado, se fosse humanamente impossível impedir que o fizessem; amava-os tanto que queria encontrá-los no Paraíso, tendo o mesmo sentimento que levou a mãe de São Luís, rei da França, a dizer ao filho que preferia vê-lo morto a seus pés antes que cometesse um pecado mortal. João Tiago e Paulo Maria adoeceram, mas receberam continuamente os cuidados da diligente mãe, que lhes obtinha todos os remédios então disponíveis para lhes conservar as vidas, e então, reconciliados com Deus e tendo perdoado os assassinos do pai, partiram para a eternidade (o que aconteceu cerca de um ano após a morte de Paulo Fernando, junto a quem foram sepultados). Dir-se-ia que Rita ficou só, no mundo, mas na mais perfeita das solidões, pois tinha Deus consigo.

Inclina-se à vida religiosa conventual

Não mais tendo obrigações matrimoniais ou maternais, Rita aperfeiçoou-se na prática das virtudes, dedicando-se à caridade e à oração, mas isso não era suficiente para quem estava tomada pelo amor a Deus, e que desde a infância aspirava à vida religiosa. Ao passar junto aos conventos e mosteiros, sentia uma atração interior para a vida dos claustros, tendo uma santa inveja das almas virgens que ali estavam encerradas em total entrega a Jesus, mas pelo matrimônio um muro intransponível se elevara entre ela e a vida conventual: segundo as normas e regras então vigentes era-lhe vedado o ingresso na vida que tanto aspirava. Rita queria uma coisa impossível: batendo às portas do convento das religiosas agostinianas de Santa Maria Madalena, recebeu da madre superiora a resposta negativa apesar da boa impressão que causou, pois ali só se admitiam mulheres solteiras, não sendo possível o ingresso de quem já tivera vida matrimonial.

Quer seguir os conselhos evangélicos

Rejeitada, continuou com orações e penitências, além das boas obras, mas mantendo a confiança naquilo que considerava uma “causa desesperada” voltou duas vezes ao mesmo convento para implorar a admissão, sendo em ambas as ocasiões novamente rejeitada. Entregou-se então à vontade de Deus, recomendando-se aos santos de sua devoção. Já praticava a pobreza, desapegando-se dos bens que possuía para distribuí-los entre os necessitados; a castidade, vivia-a no estado de viuvez, desinteressando-se em contrair novas núpcias e assim desapegando-se do próprio corpo. Faltava-lhe ainda a obediência, que almejava abraçar dentro de um convento, submetendo inteiramente sua vontade a alguma pessoa investida da superioridade religiosa.

Deus é quem lhe proporciona a entrada no convento

Certa noite ouviu alguém a chamar pelo nome: “Rita, Rita“… Ninguém parecia estar ali, e tendo retornado às orações ouviu novamente seu nome ser chamado: “Rita, Rita“. Indo à porta deparou-se com três pessoas, e nelas reconheceu São João Batista (que, como ela, fora concebido na velhice dos pais), Santo Agostinho (fundador da família agostiniana, por ela tanto admirada) e São Nicolau de Tolentino (religioso agostiniano), os quais a convidaram a segui-los. Chegando ao convento de Santa Maria Madalena, onde fora por três vezes recusada, a porta estava evidentemente bem fechada, pois era o momento em que as religiosas dormiam, mas seus três protetores fizeram com que ela inexplicavelmente se visse conduzida ao interior do imóvel. Ao se reunirem para as obrigações matinais, as religiosas se surpreenderam ao encontrarem Rita rezando na capela, e tendo constatado que a porta não fora arrombada e que não havia sinal algum que explicasse a entrada da viúva por meios humanos, creram no relato que dela ouviram, reconhecendo assim a vontade de Deus: uma nova alma foi então recebida naquela família religiosa. Rita desfez-se de seus bens, abraçando assim formalmente a pobreza evangélica, continuou a manter a castidade na viuvez depois de ter passado pelo estado matrimonial, e tornou-se submissa à autoridade da madre superiora, renunciando até mesmo à própria vontade.

Um milagre é o prêmio da obediência

Certa ocasião Rita recebeu da superiora a ordem para regar duas vezes ao dia um galho seco, o que foi cumprido com diligência pela manhã e à tarde quotidianamente, mês após mês, observada com irônico sorriso pelas demais irmãs. Elas se surpreenderam cerca de um ano depois com o surgimento de folhas na videira que começava ali a se desenvolver, e que passou a dar saborosas uvas século após século, produto da santa obediência. Tal árvore atravessou as épocas, chegando até nossos dias, mantendo-se viçosa e frutífera, fruto da cega obediência à qual se submeteu.

Estigmatizada, participa do sofrimento de Jesus

Na quaresma de 1443 Rita ouviu um edificante sermão pregado por São Tiago da Marca (Giacomo della Marca, 1394-1476), frade franciscano, discípulo de São Bernardino de Siena. As palavras do religioso a sensibilizaram profundamente, e então, prostrada diante da imagem do Crucificado, pediu a participação naquelas lancinantes dores, ainda que fosse a dor de um dos espinhos, no que foi imediatamente atendida: sua fronte foi ferida por um espinho da coroa, o que a fez desmaiar de dor. Ao contrário das chagas de Jesus que se abriram em outros santos, a de Rita manifestou-se com aspecto repugnante, com saída de pus e odor fétido, o que a levou a uma vida isolada dentro do convento, em uma cela distante à qual uma religiosa lhe levava o necessário para viver. Esse sofrimento se estendeu por quinze anos.

Por ocasião do ano do Jubileu proclamado pelo Papa Nicolau IV, em 1450, Rita manifestou o desejo de ir a Roma com outras religiosas, mas não obteve permissão da superiora devido ao seu estado de saúde que se agravava, conseqüência da ferida causada pelo espinho. Rita então pediu a Deus o desaparecimento da ferida, no que foi atendida, viajando assim à Cidade Eterna para ali praticar os atos de piedade próprios à ocasião. Ao retornar ao convento a ferida reapareceu, retornando a religiosa à sua vida de sofrimentos. A saúde se debilitava, as dores aumentavam, mas a alegria e o sorriso continuavam em meio ao santo sofrimento pelo qual passava. Nos últimos dias de vida seu único alimento foi o Pão Eucarístico.

A roseira floriu em pleno inverno, representando a realização de uma coisa impossível. 

Aproximando-se o fim de sua vida, Rita consolou-se com a notícia de um fenômeno inabitual, ou melhor, “impossível”: durante um rigoroso inverno notou-se em sua horta uma roseira lindamente florida, e também uma figueira cujos frutos estavam maduros e saborosos. Esse fato prefigurava a nova rosa que em breve ornamentaria o Paraíso, e o fruto que Jesus colheria na Terra para, lá no Céu, se deliciar, e até hoje é tradicional a Bênção das Rosas, as quais são levadas aos enfermos, alusão à roseira que milagrosamente floriu em pleno inverno e que confortou Rita em sua enfermidade. Por fim, confortada pelos Sacramentos, Rita foi chamada à Casa do Pai, em 22 de maio de 1457, quando contava 76 anos de idade e quatro décadas de vida religiosa. Não deixou escritos (cartas, livros, diários: nada disso existe), mas apenas os exemplos e as lembranças de sua vida de santidade. Registrou-se, nos anais da História, que os sinos do convento e da cidade de Cascia soaram sem serem acionados por mãos humanas.

No Céu, padroeira das coisas impossíveis e das causas desesperadas

Com a morte de Rita a ferida na testa, antes repugnante, tornou-se brilhante e limpa, exalando odor perfumado. A exposição de seu corpo para o último adeus dos numerosos peregrinos que acorreram ao convento foi-se estendendo dia após dia, e acabou por não haver sepultamento formal, mas o cadáver não sofreu a habitual decomposição, podendo até hoje ser sua face apreciada pelos que visitam a capela do convento onde a Santa das Coisas Impossíveis viveu. Filha obediente, esposa maltratada, mãe amorosa, viúva confiante, religiosa estigmatizada… tantos adjetivos haveria para se aplicar a essa agostiniana de espírito, e que não descansou enquanto não se tornou religiosa de fato, mas todos eles se resumem nessas palavras que são motivo de esperança por parte de todos os seus devotos: padroeira das coisas impossíveis e das causas desesperadas.












sábado, 16 de maio de 2015

ASCENSÃO DO SENHOR – 17 MAI 2015



internet
Anunciai a Boa-Nova a toda criatura!


A solenidade da Ascensão, celebrada quarenta dias depois da Páscoa, conclui a série de aparições de Jesus ressuscitado. Na oração da coleta desse dia, rezamos: “Ó Deus, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória”. Celebramos a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e todas as suas manifestações e sobre a morte. Dessa vitória todos somos herdeiros, pelos méritos de Cristo. Essa vitória de Cristo nos faz compreender que o mal e a morte não têm mais poder, eles foram vencidos pelo Senhor ressuscitado dentre os mortos. 
O trecho dos Atos dos Apóstolos, de hoje, é de capital importância para compreender a mensagem da ascensão do Senhor. Ao longo de quarenta dias, depois da ressurreição, o Senhor apareceu aos discípulos e os instruiu pelo Espírito Santo. O Senhor continua presente e a falar com os seus, mas agora não de viva voz e em carne e osso, podemos dizer, mas pelo Espírito Santo (cf. At 1,2). O Espírito Santo torna o Cristo presente aos seus discípulos e atual as suas palavras. Agora, é através do Espírito Santo que o Senhor continua a revelar o desígnio salvífico de Deus. O relato da ascensão não se oferece ao nosso olhar; trata-se de uma profissão de fé: ressuscitado dos mortos, Jesus Cristo foi elevado ao céu onde está sentado à direita do Pai. 
O relato tem por finalidade ser um apoio para a intelecção da fé e o aprofundamento do mistério da ressurreição. O passivo divino usado para dizer da elevação de Jesus indica que é o Pai quem o elevou. A nuvem que envolve o Ressuscitado é, para a tradição bíblica, símbolo da presença de Deus que acompanha o seu povo (cf. Ex 13,22). A nuvem que envolve o Senhor é um modo de dizer que Jesus ressuscitado entra no mistério de Deus, no que é seu, antes da criação do mundo.
Os dois mensageiros celestes são um apoio para compreender que, agora, com seu corpo glorioso, o Senhor não é encontrado no alto, mas na nossa própria humanidade, em todos os lugares e situações, no cotidiano da existência humana. É pela fé que vemos e encontramos o Senhor, em meio às vicissitudes da história. Pela fé a elevação de Jesus Cristo não é sentida como ausência, mas como uma forma de presença. A ascensão é, para nós cristãos, o momento a partir do qual, ao invés de ficar olhando o céu, devemos cumprir a missão que o Senhor ressuscitado nos confiou, a saber, a de sermos testemunhasdo seu amor (cf. At 1,8).

Na conclusão do evangelho de Marcos, depois de confiar aos discípulos a missão de expandir o evangelho por toda a terra, Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Mas essa missão tão grande não pode ser realizada a não ser com a força que Deus mesmo concede (cf. Mc 16,20).

                                                                                                        Pe. Carlos Alberto Contieri



Fonte: Paulinas 



quarta-feira, 13 de maio de 2015

13 de maio - Nossa Senhora de Fátima



      

A Treze de Maio

A treze de maio na cova da íria
No céu aparece a Virgem Maria
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Há três pastorinhos cercada de luz
Visita a Maria, mãe de Jesus
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

A mãe vem pedir constante oração
Pois só de Jesus nos vem a salvação
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Da agreste azinheira a Virgem falou
E aos três a senhora tranquilos deixou
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Então da Senhora o nome indagaram
Do céu a mãe terna bem claro escutaram
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Se o mundo quiserdes da guerra livrar
Fazei penitência de tanto pecar
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

A Virgem lhes manda o terço rezar
A fim de alcançarem da guerra o findar
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria

Com estes cuidados a mãe amorosa
Do céu vem os filhos salvar carinhosa
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria
Ave, ave, ave Maria!




quarta-feira, 1 de abril de 2015

Etimologia da Semana Santa

Imagem da net
O pão e o vinho

São os elementos naturais que Jesus toma para que não só simbolizem mas também se convertam em seu Corpo e seu Sangue e o façam presente no sacramento da Eucaristia.

Jesus os assume no contexto da ceia pascal, onde o pão ázimo da páscoa judaica que celebravam com seus apóstolos fazia referência a essa noite no Egito em que não havia tempo para que a levedura fizesse seu processo na massa (Ex 12,8).

O vinho é o novo sangue do Cordeiro sem defeitos que, posto na porta das casas, evitou aos israelitas que seus filhos morressem na passagem de Deus (Ex 12,5-7). Cristo, o Cordeiro de Deus (Jo 1,29), ao que tanto se refere o Apocalipse, salva-nos definitivamente da morte por seu sangue derramado na cruz.

Os símbolos do pão e o vinho são próprios da Quinta-feira Santa no que, durante a Missa vespertina da Ceia do Senhor, celebramos a instituição da Eucaristia, da qual encontramos alusões e alegorias ao longo de toda a Escritura.

Mas como esta celebração vespertina é o pórtico do Tríduo Pascal, que começa na Sexta-feira Santa, é necessário destacar que a Eucaristia dessa Quinta-feira Santa, celebrada por Jesus sobre a mesa-altar do Cenáculo, era a antecipação de seu Corpo e seu Sangue oferecidos à humanidade no "cálice" da cruz, sobre o "altar" do mundo.

O lava-pés

É o único que nos relata este gesto simbólico de Jesus na Última Ceia e antecipa o sentido mais profundo do "sem-sentido" da cruz.

Um gesto incomum para um Mestre, próprio dos escravos, converte-se na síntese de sua mensagem e dá aos apóstolos uma chave de leitura para enfrentar o que virá.

Em uma sociedade onde as atitudes defensivas e as expressões de autonomia se multiplicam, Jesus humilha nossa soberba e nos diz que abraçar a cruz, sua cruz, hoje, é ficar ao serviço dos outros. É a grandeza dos que sabem fazer-se pequenos, a morte que conduz à vida.

Os símbolos da Paixão

1. A cruz

A cruz foi, na época de Jesus, o instrumento de morte mais humilhante. Por isso, a imagem do Cristo crucificado se converte em "escândalo para os judeus e loucura para os pagãos" (1 Cor 1,23). Teve que passar muito tempo para que os cristãos se identificassem com esse símbolo e o assumissem como instrumento de salvação, entronizado nos templos e presidindo as casas e habitações, e pendendo no pescoço como expressão de fé.

Isto demonstram as pinturas catacumbais dos primeiros séculos, onde os cristãos, perseguidos por sua fé, representaram a Cristo como o Bom Pastor pelo qual "não temerei nenhum mal" (Sl 22,4); ou fazem referência à ressurreição em imagens bíblicas como Jonas saindo do peixe depois de três dias; ou ilustram os sacramentos do Batismo e a Eucaristia, antecipação e alimento de vida eterna. A cruz aparece só velada, nos cortes dos pães eucarísticos ou na âncora invertida.

Poderíamos pensar que a cruz era já a que eles estavam suportando, nos anos da insegurança e a perseguição. Entretanto, Jesus nos convida a segui-lo nos negando a nós mesmos e tomando nossa cruz a cada dia (cf MT 10,38; Mc 8,34; Lc 9,23).

Expressão desse martírio cotidiano são as coisas que mais nos custam e nos doem, mas que podem ser iluminadas e vividas de outra maneira precisamente desde Sua cruz.

Só assim a cruz já não é um instrumento de morte mas sim de vida e ao "por que eu" expresso como protesto diante de cada experiência dolorosa, substituímo-lo pelo "quem sou eu" de quem se sente muito pequeno e indigno para poder participar da Cruz de Cristo, inclusive nas pequenas "lascas" cotidianas.

2. A coroa de espinhos, o látigo, os pregos, a lança, a esponja com vinagre...

Estes "acessórios" da Paixão muitas vezes aparecem graficamente apoiados ou superpostos à cruz.

São a expressão de todos os sofrimentos que, como peças de um quebra-cabeças, conformaram o mosaico da Paixão de Jesus.

Eles materialmente nos recordam outros sinais ou elementos igualmente dolorosos: o abandono dos apóstolos e discípulos, as brincadeiras, os cusparadas, a nudez, os empurrões, o aparente silêncio de Deus.

A Paixão revestiu os três níveis de dor que todo ser humano pode suportar: física, psicológica e espiritual. A todos eles Jesus respondeu perdoando e abandonando-se nas mãos do Pai.
Os símbolos da Luz

1. A luz e o fogo

Desde sempre, a luz existe em estreita relação com a escuridão: na história pessoal ou social, uma época sombria vai seguida de uma época luminosa; na natureza é das escuridões da terra de onde brota à luz a nova planta, assim como à noite lhe sucede o dia.

A luz também se associa ao conhecimento, ao tomar consciência de algo novo, frente à escuridão da ignorância. E porque sem luz não poderíamos viver, a luz, sempre, mas sobre tudo nas Escrituras, simboliza a vida, a salvação, que é Ele mesmo (Sl 27,1; Is 60, 19-20).

A luz de Deus é uma luz no caminho dos homens (Sl 119, 105), assim como sua Palavra (Is 2,3-5). O Messias traz também a luz e Ele mesmo é luz (Is 42.6; Lc 2,32).

As trevas, então, são símbolo do mal, a desgraça, o castigo, a perdição e a morte (Jó 18, 6. 18; Am 5. 18). Mas é Deus quem penetra e dissipa as trevas (Is 60, 1-2) e chama os homens à luz (Is 42,7).

Jesus é a luz do mundo (Jo 8, 12; 9,5) e, por isso, seus discípulos também devem sê-lo para outros (MT 5.14), convertendo-se em reflexos da luz de Cristo (2 Cor 4,6). Uma conduta inspirada no amor é o sinal de que se está na luz (1 Jo 2,8-11).

Durante a primeira parte da Vigília Pascal, chamada "lucenario", a fonte de luz é o fogo. Este, além de iluminar queima e, ao queimar, purifica. Como o sol por seus raios, o fogo simboliza a ação fecundante, purificadora e iluminadora. Por isso, na liturgia, os simbolismos da luz-chama e iluminar-arder se encontram quase sempre juntos.


2. O círio pascal

Entre todos os simbolismos derivados da luz e do fogo, o círio pascal é a expressão mais forte, porque reúne ambos.

O círio pascal representa a Cristo ressuscitado, vencedor das trevas e da morte, sol que não tem ocaso. Acende-se com fogo novo, produzido em completa escuridão, porque em Páscoa todo se renova: dele se acendem todas as demais luz.

As características da luz são descritas no exultet e formam uma unidade indissolúvel com o anúncio da libertação pascal. O acender o círio é, pois, um memorial da Páscoa. Durante todo o tempo pascal o círio estará aceso para indicar a presença do Ressuscitado entre os seus. Toda outra luz que arda com luz natural terá um simbolismo derivado, ao menos em parte, do círio pascal.

Os símbolos do Batismo

1. A água

Embora o rito do Batismo está todo ele repleto de símbolos, a água é o elemento central, o símbolo por excelência.

Em quase todas as religiões e culturas, a água possui um duplo significado: é fonte de vida e meio de purificação.

Nas Escrituras, encontramos as águas da Criação sobre as quais pairava o Espírito de Deus (Gn 1,2). A água é vida no regaço, na seiva, no liquido amniótico que nos envolve antes de nascer.

No dilúvio universal as águas torrenciais purificam a face da terra e dão lugar à nova criação a partir de Noé.

No deserto, os poços e os mananciais se oferecem aos nômades como fonte de alegria e de assombro. Perto deles têm lugar os encontros sociais e sagrados, preparam-se os matrimônios, etc.

Os rios são fontes de fertilização de origem divina; as chuvas e o orvalho contribuem com sua fecundidade como benevolência de Deus. Sem a água o nômade seria imediatamente condenado à morte e queimado pelo sol palestino. Por isso se pede a água na oração.

Yahvé se compara com uma chuva de primavera (Os 6,3), ao orvalho que faz crescer as flores (Os 14.6). O justo é semelhante à árvore plantada ao borde das águas que correm (Nm 24,6); a água é sinal de bênção.

Segundo Jeremias (2, 13), o povo do Israel, ao ser infiel, esquece de Yahvé como fonte viva, querendo escavar suas próprias cisternas. A alma procura deus como o cervo sedento procura a presença da água viva (Sl 42,2-3). A alma aparece assim como uma terra seca e sedenta, orientada para a água.

Jesus emprega também este simbolismo em sua conversação com a samaritana (Jo 4.1-14), a quem lhe revela como "água viva" que pode saciar sua sede de Deus. Ele mesmo se revela como a fonte dessa água: "Se alguém tiver sede, que venha para Mim e beba" (Jo 7,37-38). Como da rocha de Moisés, a água surge do flanco transpassado pela lança, símbolo de sua natureza divina e do Batismo (cf Jo 19,34).

Por este motivo, a água se converteu no elemento natural do primeiro sacramento da iniciação cristã. Desde os primeiros séculos do cristianismo, os cristãos adultos eram batizados em uma espécie de pileta cheia de água que contava com duas escadas: por uma descia e por outra saía. A imagem de "descer" às águas representava o momento da purificação dos pecados e estava associada à morte de Cristo.

A saída, subindo pelo lado oposto, representava o renascer à nova vida, como saindo do ventre materno,. e era associado à ressurreição. No centro se fazia a profissão de fé pública. E isto significa que a água do batismo não é algo "mágico" -como pensam muitos crentes- que protege ou transforma por si só, mas sim a expressão deste duplo compromisso: o de mudar de vida morrendo ao pecado e o de renovar a escala de valores, iluminados por Cristo, ressuscitados com Ele.


2. A vestimenta branca

A cor branca sempre foi identificado com a pureza, com o inocente. Parece lógico que, desde os primeiros séculos do cristianismo, os catecúmenos fossem ao Batismo vestidos com túnicas brancas. Poderíamos considerá-lo, inclusive, como inspirado na imagem reiterada do Apocalipse, em que os seguidores fiéis do Cordeiro mereceram vestir-se de branco (cf 3,4-5.18; 4,4; 7,9.13-14; 19,14; 22,14).

Entretanto, os textos bíblicos dependeriam do que nos diz a tradição cultural dos primeiros séculos, anterior aos mesmos. Em todo o Império Romano, só os membros do Senado se vestiam com túnicas brancas. Dali que os chamassem candídatus, do latim "cândida", branco. Desta maneira. Manifestava publicamente sua dignidade, a de servir ao Imperador, quem se apresentava como o Filho de Deus.

Os cristãos, então, a irem vestidos de branco a receber o Batismo, tentaram mostrar que a verdadeira dignidade do homem não consiste em trabalhar para nenhum poder político mas sim em servir Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Portanto, mais que símbolo de pureza, era símbolo de dignidade, de vida nova, de compromisso com um estilo de vida e com o esforço cotidiano por conservá-la sem mancha, para ser considerados dignos de participar do banquete do Reino (cf MT 22, 12).

Em uma sociedade consumista como a nossa, em que a dignidade das pessoas depende de como vão vestidas, da moda que seguem, das marcas que usam, os cristãos deveriam nos perguntar o que fizemos de nossa "veste branca" batismal e verifìcar se, como diz São Paulo, "tendo-nos revestldo de Cristo" (Cfr Gl 3.27).

Comemoração da Paixão de Cristo - Uma festa posta na terça-feira logo depois de sexagésima (sexagésimo dia antes da Páscoa). Seu objeto é a recordação devota e a honra dos sofrimentos de Cristo para a redenção da humanidade. Enquanto a festa em honra dos instrumentos da Paixão de Cristo – a Santa Cruz, a Lança, Pregos, e a Coroa de Espinhos – chamadas “Arma Cristã”, originou-se durante a Idade Média, esta comemoração é de mais recente origem. Aparece pela primeira vez no Breviário de Meissen (1517) como uma festa simples para 15 de Novembro. O mesmo breviário tem uma festa da Santa Face para 15 de Janeiro e do Nome Sagrado para em 15 de Março. [Grotefend, "Zeitrechnung" (Hanover, 1892), II, 118 sqq.]; estas festas desapareceram com a introdução do Luteranismo. Como se encontra no apêndice do Breviário Romano, foi iniciado por São Paulo da Cruz (morto em 1775). O Ofício foi composto por Tomás Struzzieri, Bispo de Todi, e fiel associado a São Paulo.

Na quinta-feira Santa a Eucaristia com que se dá início ao Tríduo Pascal é a "Missa in Coena Domini", porque é a que mais entranhavelmente recorda a instituição deste sacramento por Jesus em sua última ceiar, adiantado assim sacramentalmente sua entrega na Cruz.

Ceia do Senhor - É o nome que, junto ao de "fração do pão", São Paulo dá em 1 Cor. 11,20 ao que logo se chamou "Eucaristia" ou "Missa": "kyriakon deipnon", ceia senhorial, do Senhor Jesus. É também o nome que dá o Missal atual: "Missa ou Ceia do Senhor" ((IGMR. 2 e 7).


Abstinência. - (do latim abstinentia, ação de privar-se ou abster-se de algo) Gesto penitencial. Atualmente se pede que os fiéis com uso de razão e que não tenham algum impedimento se abstenham de comer carne, realizem algum tipo de privação voluntária ou façam uma obra caridosa nas sextas-feiras, que são chamados dias penitenciais. 
Só Na quarta-feira de Cinzas e Na sexta-feira Santa são dias de jejum e abstinência.


Jejum - (do latim ieiunium, jejum, abstinência) Privação voluntária de comida por motivos religiosos. É uma forma de vigília, um sinal que ajuda a tomar consciência (ex.: o jejum da Quarta-feira de Cinzsa recorda o início do tempo penitencial) ou que prepara (ex.: o jejum eucarístico predispõe à recepção que breve se fará do Corpo de Cristo). A Igreja o prescreve pelo espaço de um dia para Na quarta-feira de Cinzas, com caráter penitencial, e para Na sexta-feira Santa, extensivo à Sábado Santo, com caráter pascal; e por uma hora para quem vai comungar.

Cinzas - A cinza que impõe o sacerdote aos fiéis Na quarta-feira de Cinzas, procede da queima das Palmas bentas durante a Missa do Domingo de Ramos.

Palma - Do latim: -palmae- que significa palma da mão e folha da palmeira, que já usavam os romanos como símbolo de vitória. Os povos que coincidem em lhe atribuir altos valores a este símbolo já que desenvolveram em torno dela diversos ritos. Recordemos, começando pelo mais próximo, como é tradição entre nós pendurar nos balcões os Ramos bentos No domingo de Ramos para que protegessem a casa durante todo o ano.

Paixão - Do latim patior, passus, que significa experimentar, suportar, padecer, forma-se o essencial passio (acus. pl. Passiones). É sintomático que nos tenhamos decantado com preferência pelos aspectos positivos da palavra "paixão".


Semana Santa - À Semana Santa lhe chamava em um princípio “A Grande Semana”. Agora chamada Semana Santa ou Semana Maior e a seus dias lhes diz dias Santos. Esta semana começa com o domingo de Ramos e termina no domingo de Páscoa.

Ecce Homo - Imagem de Jesus Cristo tal como Pilatos a apresentou ao povo ( do latim “ecce”, eis aqui, e “homo”, o homem).

Gólgota - Calvário. Colina de Jerusalém na Palestina, onde Jesus foi crucificado.

Via Sacra - (em latim: Via Crucis - O caminho da cruz) Exercício piedoso que consiste em meditar o caminho da cruz por meio de leituras bíblicas e orações. Esta meditação se divide em 14 ou 15 momentos ou estações. São Leopoldo de Porto Mauricio deu origem a esta devoção no século XIV no Coliseu de Roma, pensando nos cristãos que se viam impossibilitados de peregrinar à Terra Santa para visitar os Santos lugares da paixão e morte de Jesus Cristo. Tem um caráter penitencial e está acostumado a rezá-los dias sexta-feira, sobre tudo na Quaresma. Em muitos templos estão expostos quadros ou baixos-relevos com ilustrações que ajudam os fiéis a realizar este exercício.

Fonte:  acidigital


segunda-feira, 23 de março de 2015

Painel da Semana Santa


Imprimir e Colorir: monte o seu painel.
















Símbolos da Páscoa desenho para colorir



A páscoa, assim como o Natal, é repleto de símbolos, que representam desde a vida, como o Próprio Cristo, abaixo, alguns símbolos da Páscoa, retirado do livro FORMAÇÃO PARA COROINHAS 2 do Padre Luiz Miguel Duarte.






Círio Pascal – simboliza a presença de Cristo ressuscitado, luz do mundo, no meio da sua comunidade: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas” (Jo 8,12).




Coelho – é o símbolo da fecundidade, aplicado mais acertadamente à Igreja, que gera, por meio do batismo, novos filhos para a comunidade cristã.

Cordeiro – representa Jesus Cristo, o verdadeiro “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, isto é, realiza a plena e definitiva libertação dos fiéis (cf. Jo 1,29). Ele é o Cordeiro que atualiza, em nossos altares, sua oferta ao Pai, dando-se a nós em alimento. Segundo o livro do Apocalipse, “a salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro” (Ap 6,10).



Cruz – instrumento de tortura para os condenados, foi para toda a humanidade o instrumento de redenção e salvação. Jesus dizia: “Quando eu for erguido da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32).


Fogo – nasce da faísca de pedras, representa Jesus que deixa a pedra fria do sepulcro e ressuscita para a vida.



Girassol – a flor do girassol, voltada para o sol, representa a comunidade dos fiéis, que volta para Jesus, a verdadeira luz do mundo.


Ovo – indica a promessa de vida nova. O costume de presentear pessoas com ovos de chocolate só surgiu na época em que se desenvolveu a indústria de chocolate. Antes, os ovos de galinha eram pintados com cores vivas e presenteados a pessoas queridas. Era costuma também colocar neles mensagens de Páscoa.

Fonte do Texto: Livro Formação para coroinhas 2 / Pe. Luiz Miguel Duarte.

Vamos Colorir os Símbolos da Páscoa?



















Fonte:Amiguinho de Deus

quarta-feira, 18 de março de 2015

Papa Francisco transfere dom Esmeraldo Barreto para São Luís (MA)


Na manhã desta quarta-feira, 18 de março, o Papa Francisco nomeou Dom Esmeraldo Barreto de Farias como bispo auxiliar de São Luís (MA), transferindo-o da arquidiocese de Porto Velho (RO). Dom Esmeraldo foi nomeado arcebispo de Porto Velho, em 30 de novembro de 2011, pelo papa emérito Bento XVI, após renúncia de dom Moacyr Grechi, por razão de idade, 75 anos.

Dom Esmeraldo é natural de Santo Antônio de Jesus (BA). Nasceu em 4 de julho de 1949. Foi ordenado presbítero no dia 9 de janeiro de 1977, em sua cidade natal. Sua nomeação episcopal aconteceu em 22 de março de 2000, para a diocese de Paulo Afonso (BA) onde permaneceu até 2007. Seu lema episcopal é “Levanta-te e anda” (At 3, 6).

Dom Esmeraldo já foi bispo de Santarém (PA) de 2007 a 2011; foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no quadriênio de 2007 a 2011. Seus estudos filosóficos foram concluídos na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Teologia no Instituto de Teologia da Universidade Católica de Salvador.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Santo do dia - São João José da Cruz




João José da Cruz nasceu no século XVII na ilha de Ischia, na cidade de Ponte na Itália, no dia 15 de agosto de 1654. Filhos de nobres o jovem José da Cruz logo recebeu consistente ensinamento acerca de sua fé e doutrina na escola dos padre agostinianos que ficava na mesma ilha. Jovem de profunda piedade e oração, logo destacou-se entre os demais irmãos e despertou a vocação de consagrar sua vida à Deus no sacerdócio, mas os tempos eram incertos onde muitos aproveitavam esta condição para benefício próprio e José decidiu então seguir o caminho religioso e aos quinze anos ingressou na Ordem dos Franciscanos Descalços da Reforma de São Pedro de Alcântara, conhecidos também como Alcantarinos. Devido a sua profunda devoção à Paixão de Cristo, recebeu o nome de João José da Cruz. Seu nome de batismo era Carlos Caetano Calosirto. Foi um dos mais jovens a assumir o hábito no ano de 1670 e professou seus votos em 1671. Em 1674 assumiu com outros irmãos a direção do Santuário de Santa Maria de Occorrevole onde iniciou a construção de um convento. Não eram poucas as dificuldades na época e no local. Mas José da Cruz não parou nas dificuldades e começou a recolher pedras e outros materiais com as próprias mãos para a construção. A iniciativa de João levantou a percepção do povo para uma possível loucura do religioso, mas com seu testemunho aderiram à sua empreitada os padres e o todo o povo que findaram por construir o maior convento daquela região. Foi ordenado sacerdote em 18 de setembro de 1677 e leito provincial em 1703. Construiu e dirigiu muitos outros conventos. Sua espiritualidade, piedade e conselho atraíam muitas pessoas ao seu convívio, dentre muitas, Santo Afonso Maria de Ligório. Morreu no dia 05 de março 1734, sendo sepultado nesse mesmo convento e beatificado pelo papa Gregório XVI, em 1839. Suas relíquias encontram-se na ilha de Ischia. 


Fonte: Zenit


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Retorno da Catequese





PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS  BEQUIMÃO

RETORNO DA CATEQUESE
CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA ÀS 09HS
PE. RICARDO MOREIRA

PAIS E CATEQUIZANDOS, FAMILIARES E TODA COMUNIDADE PAROQUIAL.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015


                                                   « Fortalecei os vossos corações» (Tg 5,8)

Amados irmãos e irmãs!

Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um « tempo favorável » de graça (cf. 2 Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro » (1 Jo 4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença. Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar. A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5,6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida. Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.

1. « Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros » (1 Cor12,26)– A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa « tem parte com Ele » (cf. Jo 13,8), podendo assim servir o homem. A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. « Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria » (1 Cor12,26). A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.

2. « Onde está o teu irmão? » (Gn 4,9)– As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada
(cf. Lc16,19-31)? Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções. Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura–se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofre e geme, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: « Muito espero não ficar inactiva no Céu; o
meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas » (Carta254, de 14 de Julho de 1897).

Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens. Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf.Act1,8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!

3. « Fortalecei os vossos corações » (Tg 5,8)– Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração. Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum. E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos.

Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos. Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro. Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: « Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso » (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.

Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de Outubro de 2014


Fonte: Rádio Vaticana


Campanha da Fraternidade (CF) 2015


Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), foi divulgada nesta Quarta feira de Cinzas a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

O documento reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.

Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, explica que a Campanha da Fraternidade 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.

“Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade, estejam a serviço de todos”, comenta dom Leonardo.

Proposta do subsídio

O texto base está organizado em quatro partes. No primeiro capítulo são apresentadas reflexões sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.

Na segunda parte é aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus, à luz do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.

Já o terceiro capítulo debate uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Igreja à sociedade”. Nesta parte, o texto aponta sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nas dioceses, paróquias e comunidades.

O último capítulo do texto base apresenta os resultados da CF 2014, os projetos atendidos por região, prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade de 2013 (FNS) e as contribuições enviadas pelas dioceses, além de histórico das últimas Campanhas e temas discutidos nos anos anteriores.




LEITURA DO CARTAZ – CF 2015


O cartaz da CF 2015 retrata o Papa Francisco lavando os pés na Quinta feira Santa de 2014. A Igreja atualiza o gesto de Jesus Cristo ao lavar os pés de seus discípulos. O lava pés é expressão de amor capaz de levar a pessoa a entregar sua vida pelo outro. É com este amor que todo ser humano é amado por Deus em Jesus Cristo. Ao entregar-se à morte de cruz e ressuscitar, como celebramos na Páscoa. Jesus leva em plenitude o ‘Eu vim para servir’ (cf. Mc 10,45).

A Igreja Católica, através de suas comunidades, participa das alegrias e tristezas do povo brasileiro. O Concílio Vaticano II veio iluminar a missão da Igreja que é evangelizar. Evangelizar pelo testemunho dialogando com as pessoas e a sociedade. No diálogo a Igreja (as comunidades), está a serviço de todas as pessoas. Ao servir ela participa da construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e de paz. No serviço ela edifica o Reino de Deus.

OS OBJETIVOS DA CF

Objetivo geral

Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus.

Objetivos específicos

´1. Fazer memória do caminho percorrido pela Igreja com a sociedade, identificar e compreender os principais desafios da situação atual.

2. Apresentar os valores espirituais do Reino de Deus e da doutrina Social da Igreja, como elementos autenticamente humanizantes.


3. Identificar as questões desafiadoras na evangelização da sociedade e estabelecer parâmetros e indicadores para a ação pastoral. 

4. Aprofundar a compreensão da dignidade da pessoa, da integridade da criação, da cultura da paz, do espírito e do diálogo inter-religioso e intercultural, para superar as relações desumanas e violentas. 

5. Buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de Cristo de levar a Boa Nova a cada pessoa, família e sociedade.
6. Atuar profeticamente, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para o desenvolvimento integral da pessoa e na construção de uma sociedade justa e solidária.

Materiais para serem baixados, entre eles o cartaz, textos formativos, hino e partitura, oração e apresentações. Confira aqui.



Fonte

Consagração ao Imaculado Coração de Maria

Ó coração Imaculado de Maria, repleto de bondade, mostrai-nos o vosso amor. A chama do vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens! Nós vos amamos infinitamente! Imprimi no nosso coração o verdadeiro amor, para que sintamos o desejo de Vos buscar incessantemente. Ó Maria, vós que tendes um Coração suave e humilde, lembrai-vos de nós quando cairmos no pecado. Vós sabeis que todos os homens pecam. Concedei que, por meio do vosso materno e Imaculado Coração, sejam curados de toda doença espiritual. Fazei que possamos sempre contemplar a bondade do vosso materno Coração e convertamo-nos por meio da chama do vosso Coração. Amém.