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sábado, 2 de novembro de 2013

INDULGÊNCIA PLENÁRIA APLICADA AOS FIÉIS DEFUNTOS


Constituição Apostólica Doutrina das Indulgências – Papa Paulo VI, 1967, diz:

“A doutrina e o uso das indulgências vigentes na Igreja Católica há vários séculos encontram sólido apoio na Revelação divina, a qual vindo dos Apóstolos “se desenvolve na Igreja sob a assistência do Espírito Santo”, enquanto “a Igreja no decorrer dos séculos, tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras de Deus (“Dei Verbum”, 8) e ( DI, 1).

“Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (“Norma” 1).

“Assim nos ensina a revelação divina que os pecados acarretam como conseqüência penas infligidas pela santidade e justiça divina, penas que devem ser pagas ou neste mundo, mediante os sofrimentos, dificuldades e tristezas desta vida e, sobretudo, mediante a morte, ou então no século futuro [...]” (DI, 2).

“Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, seqüelas dos pecados” (Catecismo da Igreja Católica, 1498).

CONDIÇÕES PARA GANHAR A INDULGÊNCIA PLENÁRIA

Para si ou para uma alma

1 – Confessar-se bem, rejeitando todo pecado;

2 – Participar da Santa Missa e comungar com esta intenção;

3 – Rezar pelo Papa ao menos um Pai Nosso, Ave Maria e Glória e

4 – Visitar o cemitério e rezar pelo falecido.

Obs.: – Fora da semana dos falecidos, o item 4 pode ser substituído por: Terço em família diante de um oratório, Via-Sacra na igreja; meia hora de adoração do Santíssimo ou meia hora de leitura bíblica meditada.



Veja aqui:





Finados

 2 de Novembro


É tradição da Igreja Católica rezar pelos fiéis falecidos no dia 2 de novembro.

 A todos os que morreram "no sinal da fé" a Igreja reserva um lugar importante na Liturgia: há uma lembrança diária na Missa, com o Memento (= lembrança) dos mortos, e no Ofício divino. No dia de Finados a Igreja autoriza que cada sacerdote possa celebrar três Missas em sufrágio das almas dos falecidos. Essa foi uma concessão do Papa Bento XV em 1915, quando durante a Primeira Guerra Mundial, julgou oportuno estender a toda Igreja este privilégio de que gozavam a Espanha, Portugal e a América Latina desde o séc. XVIII.
Os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha) no séc. VII, em Fulda (Alemanha) no séc. IX. A comemoração oficial dos falecidos é devida ao abade de Cluny, santo Odilon, em 998, mas, muito antes, em toda parte se celebrava a festa de todos os santos e o dia seguinte era dedicado a memória dos fiéis falecidos. Mas o fato de que milhares de mosteiros beneditinos dependessem de Cluny favoreceu a ampla difusão da comemoração. Depois em Roma, em 1311, foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos.

A Tradição da Igreja está repleta de ensinamentos sobre a oração pelos mortos. S. João Crisóstomo (349-407), bispo e doutor da Igreja, já no século IV recomendava orar pelos falecidos:

"Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória… Porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles" (Hom. 1Cor 41,15). "Os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e esta lhes presta grande auxílio e real utilidade" (In Philipp. III 4, PG 62, 204).

Tertuliano (†220) – Bispo de Cartago, diz: "A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágio todos os dias aniversários de sua morte" (De monogamia, 10).

Tertuliano atesta o uso de sufrágios na liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do cristianismo no século III: "Durante a morte e o sepultamento de um fiel, este fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja". ( De anima 51; PR, ibidem)

São Cipriano (†258), bispo de Cartago, refere-se à oferta do sacrifício eucarístico em sufrágio dos defuntos como costume recebido da herança dos bispos seus antecessores (cf. epist. 1,2). Nas suas epístolas é comum encontrar a expressão: "oferecer o sacrifício por alguém ou por ocasião dos funerais de alguém". (Revista PR, 264, 1982, pag. 50 e 51; PR ibidem)

Falando da vida de Cartago, no século III, afirma Vacandart:

"Podemos de certo modo conceber o que terá sido a vida religiosa de Cartago em meados do século III. Aí vemos o clero e os fiéis a cercar o altar… ouvimos os nomes dos defuntos lidos pelo diácono e o pedido de que o bispo ore por esses fiéis falecidos; vemos os cristãos… voltar para casa reconfortados pela mensagem de que o irmão falecido repousa na unidade da Igreja e na paz do Cristo." (Revue de Clergé Français 1907 t. Lil 151; PR, ibidem)

São Cirilo, bispo de Jerusalém (†386), disse: "Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima"(Catequeses. Mistagógicas. 5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, pg. 38).

Desde os primeiros séculos a Igreja reza pelos falecidos. No segundo livro de Macabeus, da Bíblia, encontramos esta recomendação: "É coisa santa e salutar lembrar-se de orar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados". (2Mac 12,46)

Não só é coisa santa rezar pelos falecidos, mas o dia de finados é uma oportunidade para todos refletirem sobre a morte: "Bem-aventurado o homem que, quando o Senhor vier buscá-lo, estiver preparado".

O Catecismo da Igreja lembra que: "Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos…"(CIC, § 958)

"A nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá-los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós". (CIC, § 958)

Falando dos falecidos disse um dia o Papa João Paulo II: "Numa misteriosa troca de dons, eles [no Purgatório] intercedem por nós e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio. " ( LR de 08/11/92, p. 11)

"A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico… Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos" (LR, n. 45, de 10/11/91).

Portanto, o Papa João Paulo II deixou bem claro que as almas do Purgatório também rezam por nós. E mostrou também que é importante ir ao Cemitério e enfeitar os túmulos dos falecidos como sinal de nossa esperança na ressurreição.

Prof. Felipe Aquino


Consagração ao Imaculado Coração de Maria

Ó coração Imaculado de Maria, repleto de bondade, mostrai-nos o vosso amor. A chama do vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens! Nós vos amamos infinitamente! Imprimi no nosso coração o verdadeiro amor, para que sintamos o desejo de Vos buscar incessantemente. Ó Maria, vós que tendes um Coração suave e humilde, lembrai-vos de nós quando cairmos no pecado. Vós sabeis que todos os homens pecam. Concedei que, por meio do vosso materno e Imaculado Coração, sejam curados de toda doença espiritual. Fazei que possamos sempre contemplar a bondade do vosso materno Coração e convertamo-nos por meio da chama do vosso Coração. Amém.